Homenagem da Mariangela Repolês.
"O menino do parque" ( Para José Afrânio )
Quando estou só fico poeta
me ponho a passear por caminhos esquecidos
meus pensamentos se põem a correr.
Viajo por caminhos infinitos
molhadinhos pelo sereno da manhã
Sou as folhas que vão e vem.
Miro as montanhas em frente de minha casa
e meu corpo roda pelas ervas que as ondulam.
Quero esquecer-me
de tuas angustias de teus sofrimentos,
fechar as janelas de meus pensamentos
mas não posso fazê-lo.
Não as encontro.
Somente meus olhos podem ser empurrados
até um menino tímido, de riso forçado
que dorme em meu colo acolhedor
em um parque distante.
"El niño del parque "
Cuando sola estoy me quedo poeta,
me pongo a pasear por caminos olvidados,
mis pensamientos se ponen a correr.
Viajo por senderos infinitos
mojaditos por el rocío de la mañana.
Soy las hojas en olas que van y vienen.
Miro las montañas en frente de mi casa
y mi cuerpo rueda
por las hierbas que las ondulan.
Quiero olvidarme de tus angustias,
de tus sufrimientos,
cerrar las ventanas de mis pensamientos
pero no puedo hacerlo.
No las encuentro.
Solamente mis ojos pueden ser empujados
hasta un niño tímido, de risa forzada
que duerme en mi regazo acogedor.
en un sitio lejano.