É dinheiro demais ...
Caio
Motta
Nos tempos de juventude em Alvinópolis, o esporte dominava o
cenário da cidade, pelo menos pra mim.
A força do campeonato do Colégio, organizado com muito esforço
pelo Cosme, era um dos momentos mais esperados do ano, desde o
desfile inicial, comandado pela Fanfarra, até a entrega das
medalhas.
Havia uma lista de convocação estilo seleção brasileira, dentro
das devidas proporções, onde o nome dos convocados ficava exposto
no grande quadro negro em frente a sala de Educação Física.
Quem se destacava no campeonato, poderia aspirar a participar dos
Jogos do Interior de Minas, que naquela época, estava começando a
ser realizado.
Por ter conseguido me destacar no campeonato, fui convocado para
treinar handebol para disputar o JIMI.
Na ocasião, os jogos seriam disputados em Leopoldina, cidade
próxima a Juiz de Fora, no interior de Minas.
Foi aquela alegria incontida.
Seguimos para a disputa, que seria num feriado prolongado, que
não me lembro bem qual era.
Após a chegada, ficamos instalados num Colégio local, com toda a
alegria e empolgação dos participantes.
Mas um dos casos que realmente marcou esta viagem foi de um
atleta da delegação, que estava gostando muito de tudo.
Fomos fazer um passeio pela cidade, para conhecer o ginásio, ver
as meninas da cidade e sentir o clima daquele final de semana que
prometia.
Durante esse passeio, fomos comentando os vários prédios bonitos
da cidade, bem estruturados e tal.
Os prédios
tinham nomes dos mais variados :
Ed. Adilson
Arcanjo,
Ed. Raul
Pellegrini,
Ed.
Admilson dos Santos,
Ed. Cosme
Chaves, dentre vários outros.
Naquela
época, final dos anos 80, não existiam muitos prédios em
Alvinópolis.
Nesse
momento, nosso colega comenta que devia ser bem legal morar
em prédio, já que ele morava em casa.
Continuamos o passeio, conversamos muito e fomos a uma
sorveteria, que ficava na praça principal, onde a gente estava
instalado.
Nesse momento, nosso nobre colega comenta :
- Nossa
Senhora, esse tal de Ed tem dinheiro demais hein. Todos os
prédios são dele né?
O pessoal caiu na gargalhada e a gozação foi geral.
Um caso que
ficou marcado naquele JIMI, se não me engano em 1989.
Sobre o JIMI, a nossa participação foi mais um aprendizado, que
lançou a semente para os futuros atletas, que colocaram o handebol
alvinopolense conhecido em toda a Minas Gerais.
Fica aqui a
minha homenagem ao Cosme, Prof. de Educação Física do
Colégio, que deixou uma grande legião de fãs do esporte em
Alvinópolis.
Saudações
Alvinopolenses.
Caio Motta é jornalista
alvinopolense.
Contato :
alvinews14@gmail.com