Alvinópolis sempre foi
muito rica em cultura.
Grêmios literários,
conjuntos musicais, fanfarras, bandas, grupos
teatrais.
Conta-se que nos idos
de 1950, foi encenada no teatro local uma peça que
alcançou grande sucesso.
Na trama, ocorria uma
cena de adultério:
- Uma
mulher casada recebe, em casa, através de um menino,
um bilhete do amante.
Ela
está sentada no sofá, a criança bate na porta
cenográfica, ela atende, recebe o bilhete e o
mensageiro sai.
Neste
momento chega o ator, que representa seu marido.
Quando ele bate na
porta, ela se assusta e exclama:
Meu marido!
Coloca
fogo no bilhete e o joga atrás do sofá.
O
marido entra, desconfia de alguma coisa e diz:
- Que
cheiro de papel queimado!
Ao que
a esposa responde:
-É que
eu fiz uma faxina na casa hoje e queimei alguns
papéis!
Pois
bem. Ensaio perfeito.
Vamos
à estréia: domingo, depois da missa das sete, teatro
lotado, o espetáculo começa.
E
enfim acontece a citada cena.
A mulher está sentada,
o menino chega, entrega o bilhete e sai; ela lê o
bilhete.
Nisso o marido chega e
bate na porta.
Ela exclama:
E vai
por fogo no bilhete!
O
‘fidumaégua’ do contra regra se esquecera de colocar
o isqueiro sobre a mesa.
A boa
atriz improvisa: rasga o bilhete em vários pedaços e
os joga atrás do sofá (e o ator, seu marido na peça,
vendo aquilo de trás do cenário).
Ele
entra, desconfiado como deveria estar e também
improvisa:
- Tô
sentindo um cheiro de papel rasgado!
Vai
ter olfato assim lá na PQP!