Pracinha da
Baixada
Marcos
Martino
Dia de domingo, após a missa, após a reza
O povo desce todinho em procissão
E menina namoradeira que se preza
Entra na dança do psiu, da cantação
E
lá no centro fica o "Bosque dos Amores"
Onde os enamorados vão se encontrar
Pracinha dos vagabundos e dos doutores
Onde a felicidade resolveu morar
Todos se encontram na Pracinha da Baixada
Todos
se irmanam na Pracinha da Baixada
Corações se unem na Pracinha da Baixada
Beijo
escondido na Pracinha da Baixada
*Música
criada por mim nos meus tempos
de
frequentador assíduo da Baixada.
Sei que
existem muitos problemas na cidade que exigem atenção do
prefeito e da sociedade.
As estradas
rurais são importantes, pois nós somos um município grande,
com muitas estradas de terra e nossa economia depende e
muito da agricultura.
A saúde é
vital, pois sem saúde não se pode usufruir do melhor da
vida. A educação também é essencial, pois a ignorância é uma
forma de cegueira. Educar é ensinar a ver e interpretar.
As obras do
tipo tapa buracos e asfaltamento são muito importantes, pois
realmente tá complicado conviver com esse tipo de problema.
Só se todo mundo passar a usar carros de rally.
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Pração São Sebastião - Baixada - Anos 70.
Fotos: Mauro Sérvulo |
Imaginem a
cidade como um corpo humano.
As vias
públicas seriam as artérias onde circularia o sangue. E a
praça São Sebastião seria exatamente o coração. A praça é a
nossa acrópole. É onde a cidade se encontra, se enamora, ri
e chora. Lembro-me que ali, naquele gramado, debaixo das
sombras das árvores, o pessoal deitava e rolava.
Dava pra
andar descalço, sentindo o carinho da grama. Havia
menos calor. A natureza estava próxima e havia um clima
bucólico, de ar puro e bem viver. Aí é que está o
problema.
Coração de
cimento é duro, sem vida. Mas ainda está em
tempo. Sempre há tempo.
Como dizia
Renato Russo, "não há tempo perdido".
Quem sabe
desse aprendizado não surja uma praça nova, remodelada
segundo um projeto que respeite o meio ambiente e as
nossas tradições?