FESTIVAL
DE MÚSICA EM CONGONHAS-MG - NOVEMBRO/1981
Um grande
evento e um 3o. lugar com categoria e raça
A expectativa
entre os integrantes para este festival era
ótima, afinal iríamos conhecer uma cidade
histórica e tradicional de Minas, bastante
conhecida pelas obras de Aleijadinho.
Devido aos estudos
e final de ano no curso de Contabilidade, onde
estávamos no último ano, ou seja faltava apenas
um mês para a formatura, tivemos que idealizar
algumas maneiras de todos componentes
participarem do evento.
Como não haveriam
provas escolares, apenas trabalhos em grupo (que
já havíamos feito), o pessoal de Alvinópolis,
chefiado por João Carlos de Souza Carvalho,
embarcou na linha tradicional de ônibus da Lopes
e Filhos, numa sexta-feira por volta das 15:30
horas.
Eu particularmente
estava muito ansioso para conhecer Congonhas.
Meu pai, tinha
alguns amigos lá e me pediu para entregar um
bilhete a um primo dele, que morava logo na
entrada da cidade.
Fomos com bastante
bagagem, além dos tradicionais litros de bebidas
de dose: vodka, run, campari, cachaça e o
tradicional cantil.
Encontramos na
rodoviária (como combinado por telefone), com o
Carlos Henrique. Naquela confusão toda e pressa,
um litro de vodka que levei, acabou quebrando
dentro da mochila na rodoviária. Mas isso faz
parte.
Embarcamos por
volta das 20 horas pela viação Sandra, direto
pra Congonhas, que fica cerca de 90 km de Belo
Horizonte.
Na chegada pudemos
notar a enorme rua que vai até a praça
principal, chamada Avenida JK.
O movimento era
bom. Fomos direto para o Hotel Globo, na praça
principal, a poucos metros do Cine Leon, local
do evento, localizado também na praça.
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Verde Terra em
Congonhas
Em pé : Ricardão e
Joãozinho.
Sentados : Manoel,
Ronaldo, Buju e Carlinhos.
Na frente o
Marcos.
Foto do acervo do
Manoel |
Neste festival
apresentamos apenas a música "Nós, os Loucos",
que foi a única classificada na pré-seleção.
A apresentação da
música foi no mesmo dia que chegamos, sendo uma
das últimas da noite.
Ficou tudo
perfeito, a galera gostou e fomos bastante
aplaudidos.
A expectativa era
boa, apesar do nível do festival que também era
muito bom.
Após a
apresentação, fomos tomar todas nos bares da
cidade e muitos integrantes começaram a
conhecer as meninas de Congonhas, e também de
Entre Rios de Minas, Lafaiete e amigas delas de
BH.
Lembro que todos
foram dormir bem tarde.
Alguns bêbados
ficaram na praça estirados para a bebedeira
passar, cochilaram abraçados com o cantil.
No outro dia, após
o café no hotel, fomos conhecer a parte
histórica da cidade, onde ficam as obras do
Aleijadinho. Realmente é um marco na história de
Minas. Inclusive, levei uma máquina fotográfica
e registramos fotos em belas casas e também
perto da Basílica.
À noite, como não
tínhamos músicas para tocar, ficamos curtindo o
festival e as "namoradas". E na expectativa de
estarmos na grande final do domingo, apesar das
boas músicas concorrentes.
A alegria da noite
foi total, com a confirmação da classificação de
"Nós, os Loucos" para a grande finalíssima no
domingo.
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Foto Verde Terra nas ruas de
Congonhas.
Marcos, Ronaldo e Buju.
Foto do acervo do Manoel. |
No dia da decisão,
ensaiamos bastante à tarde no hotel, os arranjos
vocais, o sino, etc, para tudo acontecer
perfeito na apresentação da noite.
Tínhamos um grande
triunfo: o público praticamente todo estava
torcendo para a música, e também os amigos que
fizemos lá davam uma grande força, com os
conhecidos deles.
No resultado
final, o 1o. lugar ficou com a conhecida e
vencedora música "Belorizontem", com uma super
banda de BH, liderada pelo carismático cantor
Gil Damata, com uma interpretação primorosa.
Conquistamos o 3o.
lugar com "Nós, os Loucos", que nos rendeu um
bom dinheiro e um belo troféu.
Fizemos aquele
tradicional carnaval pelas ruas da cidade e
fomos para um barzinho comemorar. Para o
público, o comentário geral é que nossa música
merecia o primeiro lugar. Mas mesmo assim
ficamos muito felizes.
O resultado geral
foi super positivo. Todos gostaram da cidade,
inclusive o grande Rogério Martino, que aplicou
uns beijos numa garota nova que torcia para um
grupo chamado "Bandalheira", que conquistou um
prêmio local, com um refrão bastante ouvido
dentro do cinema.
Aliás, eu que fui
o "cupido" deste "namoro" do Rogério, dando o
toque para a garota.
Os dois ficavam
namorando numa das últimas filas do cinema, nas
poltronas do fundo.
Muito romântico, o
grande Roger.
A volta, foi na
segunda-feira bem cedinho. Pegamos o primeiro
ônibus por volta das 5 30 horas da manhã, e
ainda deu tempo de embarcar no ônibus da Lopes e
Filhos (7:15) da rodoviária de BH, diretamente
para Alvinópolis.
Todos cansados mas
felizes com mais um triunfo do Verde Terra,
levando o nome e a cultura da nossa terra para
outras cidades.
Até o próximo
Verde Terra 17 (falarei do Festival de Sete
Lagoas- Dez/1981)
Bom feriado a
todos muita paz e saúde
Neo Gêmini