Festival de Conselheiro Lafaiete
Dezembro de 1980.
Muita curtição,
gastação e também "marmelada", sem contar a 1a. decepção.
Após a vitória em Governador Valadares, tudo ficou mais claro
para o Verde Terra
O próximo festival seria na cidade de Conselheiro Lafaiete.
O prêmio era
altíssimo.
Mais também ficamos curtindo um pouco antes.
Tudo devido à idéia de Carlinhos Gipão.
Quando fizemos as inscrições das músicas, falamos com o pessoal
da organização que só poderíamos tocar no sábado, pois iríamos
fazer uns testes na gravadora Ariola, no Rio de Janeiro. Acho
que isso já nos deixou um pouco com ar de superioridade, frente
aos organizadores do evento.
Alugamos uma kombi, do saudoso "Geraldo" de Dom Silvério, que
fazia viagem para Caratinga com os estudantes de Alvinópolis na
época, na Funec. Entre eles minha prima Lieda Vasconcelos,
Cleber Ribeiro, entre outros.
Saímos no sábado por volta das 4 da manhã e rumamos para BH.
Logo em seguida diretamente para 040 sentido Congonhas/Lafaiete.
Quando chegamos lá não tivemos uma recepção boa da organização.
Pegamos os crachás, passamos o som e fomos para o Hotel.
Aliás tudo de alto nível.
À noite tocamos a música "Nós, os Loucos", que foi classificada
na pré seleção.
Apresentamos a canção de forma legal no sábado e fomos bastante
aplaudidos pelo público presente ao ginásio da cidade. (para os
leitores se situarem, esse mesmo onde foi enterrado uma vítima
de um avião recentemente, que trabalhava numa empresa
brasileira).
No domingo ficamos curtindo na cidade, na rua Melo Viana e
azarando os brotinhos.
Tudo comandando
pelo nosso amigo e companheiro Ricardão, que "chapou a lata" no
dia anterior.
À noite fomos cedo para o ginásio na expectativa de um prêmio.
Tocamos muito bem, fomos ovacionados pelo público.
Mas eu notei um certo desprezo dos jurados durante nossa
apresentação na final.
Eles ficaram bebendo todas, saindo das mesas, etc.
Ficamos aguardando o resultado e tomando todas, pois a música é
sempre referência de prêmio. Muita gente no ginásio ficou
cantando "Nós, os Loucos".
Quando saiu o resultado e não ganhamos nada, ficamos sem
entender.
O jeito foi beber para esquecer
Pintou até uma briga. Ricardão ficou xingando todo mundo que via
pela frente.
Mas valeu a experiência, a decepção nos ensinou muitas coisas
principalmente uma que está na bíblia.
"Quem se humilha será exaltado, quem se exalta será humilhado."
Ficou pra sempre na lembrança nossa primeira grande derrota
E também os jurados que nos menosprezaram. Ficou muita coisa no
ar.
Pode ter sido arranjo...
Registros:
o caso de Dico com a Dona Conceição do hotel, lá "pelas
tantas da madruga",
Já na volta, com o motorista bêbado e a gente quase caindo no
viaduto das almas na chegada de BH. Todo mundo chateado e pra lá
de bagdá.
Uma ressalva a ser feita foi a recepção aconchegante do
anfitrião e amigo Buju, filho do saudoso Zè Morenoq, que nos
levou para almoçar na casa dele no domingo. Ele é natural de
Alvinópolis e amigo de infância do João Carlos Carvalho.
Apesar da derrota,
o ano foi positivo. A vidade de 80 pra 81, ou seja, a saída do
signo do macaco no chinês para o galo foi positiva. Curtimos
bastante o reveillon no Alvinopolense com uma garrafa gigante de
champanhe. Todos verde terranos com suas namoradas.
A esperança de um
ano melhor era nossa expectativa.
Abraços
NEO GÊMINI.
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